Diante das instabilidades financeiras internacionais, o mercado financeiro em São Paulo vivenciou uma terça-feira de destaque, com o dólar apresentando um comportamento ascendente em relação ao real.
Ao final do dia, o dólar fechou com uma alta de 0,43%, estabilizando-se em R$ 4,9878. Em termos mensais, para o mês de agosto, o acúmulo é de uma valorização de 5,47%.
Por outro lado, o contrato futuro do dólar na B3, até as 17:12, registrou um incremento de 0,46%, alcançando R$ 5,0040.
Desempenho Econômico Chinês e Suas Repercussões
Recentemente, a China divulgou um crescimento de 2,5% em suas vendas no varejo para o mês de julho, um índice aquém do projetado por economistas consultados pela Reuters, que esperavam um crescimento de 4,5%.
Com relação à produção industrial, a alta foi de 3,7%, também abaixo da projeção de 4,4%. Estas cifras, levando em conta o papel da China no cenário das commodities, impactaram negativamente diversas moedas, incluindo o real.
Como uma contramedida, o banco central chinês decidiu efetuar cortes em algumas taxas de juros, com o objetivo de dar suporte à economia. Porém, a opinião de especialistas indica a necessidade de ações mais robustas.
Tendências na Europa e nos EUA Influenciam o Dólar
Os ventos não foram favoráveis na Europa. Indicadores recentemente publicados trouxeram preocupações quanto ao crescimento econômico da região.
Um exemplo disso foi o índice ZEW da Alemanha, que, embora tenha mostrado uma melhora de -14,7 em julho para -12,3 em agosto, permanece no vermelho.
Já nos Estados Unidos, o cenário foi mais positivo. As vendas varejistas do mês de julho superaram as expectativas, registrando um aumento de 0,7%.
Este desempenho, somado à possibilidade de um ajuste na taxa de juros pelo Federal Reserve, solidificou a posição do dólar frente a outras moedas.
Em meio a este panorama, o desempenho do dólar variou durante o dia, tocando R$ 4,9596 em seu ponto mais baixo e atingindo um pico de R$ 4,9985.