Em uma ação ousada, a Polícia Federal desvendou uma operação fraudulenta com ramificações no Brasil e no exterior. Nomeada “Operação Lanterna Verde”, a ação tinha como objetivo principal desmantelar um grupo criminoso sediado em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
As Táticas dos Criminosos
O modus operandi era engenhoso. Os criminosos criaram uma empresa fictícia que, supostamente, se dedicava à extração de esmeraldas.
Com uma campanha de marketing bem orquestrada, eles atraíram investidores de vários cantos do mundo, induzindo-os a fazer transferências em bitcoin.
Porém, em vez de investirem no negócio, os fraudadores enganavam suas vítimas usando vídeos que mostravam falsas operações da empresa.
Uma das táticas mais astutas foi a criação de bancos digitais próprios, dando a aparência de um empreendimento legítimo e robusto.
Celebridades na Mira do Esquema
Para dar ainda mais credibilidade ao falso negócio, o grupo tinha uma estratégia particularmente audaciosa. Eles convidavam personalidades em evidência na mídia para vir ao Brasil.
Essas celebridades eram tratadas como realeza: participavam de grandes eventos, ganhavam prêmios de alto valor e, crucialmente, eram levadas para conhecer as “áreas de mineração” – tudo meticulosamente encenado para impressionar.
O Alcance da Fraude e a Ação da PF
Até o momento, a investigação revelou que aproximadamente 2.500 pessoas de 18 países diferentes foram vítimas diretas do esquema.
Entretanto, este número pode apenas arranhar a superfície. A estimativa é alarmante: cerca de 25 mil indivíduos podem ter sido enganados, totalizando prejuízos na ordem de US$ 100 milhões de dólares.
Hoje, o cenário jurídico e policial brasileiro viu um marco significativo em sua batalha contínua contra o crime organizado e a corrupção.
Demonstrando uma forte presença e determinação, as autoridades, lideradas pela Polícia Federal, tomaram medidas enérgicas e decisivas.
Em uma ação meticulosamente coordenada e com ampla abrangência, foram emitidos e executados três mandados de prisão preventiva, visando aqueles que estavam no topo da cadeia de comando.
Simultaneamente, equipes especializadas da Polícia Federal conduziram 11 operações de busca e apreensão, abrangendo uma série de cidades, mostrando o escopo e profundidade desta investigação.
Além disso, num esforço para garantir que os frutos de atividades ilícitas não fossem usufruídos, bens dos suspeitos foram estrategicamente bloqueados e confiscados.
Esse movimento não apenas serve como uma penalização, mas também como um aviso, reiterando que o produto de atividades criminosas não ficará impune.
Esta resposta enérgica das autoridades foi meticulosamente planejada e executada sob a direção da 1a Vara Federal de Itajaí/SC.
Consequências para os Envolvidos
O saldo da operação foi significativo: além das prisões, outras cinco pessoas foram indiciadas. Os crimes listados incluem associação criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato e infrações contra o sistema financeiro e a economia do país.