Em meio a desafios financeiros, a Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada pelo apóstolo Valdemiro Santiago, se vê diante de uma medida drástica: o leilão de sua sede principal.
Este templo, situado em Santo Amaro, zona sul da capital paulista, é a prova tangível do impacto econômico que algumas instituições religiosas enfrentam.
Detalhes do Imóvel em Questão
Mergulhando nas especificidades, o edifício conta com cinco pisos, abrangendo uma extensão construída impressionante de 46,8 mil metros quadrados.
Adicionalmente, oferece um estacionamento que acomoda em torno de 1.000 veículos. Com uma avaliação que gira em torno dos R$ 260 milhões, o lance inicial para o leilão é de R$ 38,5 milhões.
Razões por Trás do Leilão
Mas, o que poderia ter levado a tal decisão? A resposta encontra-se em dívidas acumuladas pela instituição. Em particular, uma dívida pendente de R$ 881 mil, relativa a aluguéis de um imóvel em Ubatuba.
Apesar dos esforços da igreja em contestar o valor exorbitante do templo em relação à dívida, a Justiça, representada pelo juiz Augusto Rachid Reis Bittencourt Silva, foi firme na decisão de prosseguir com o leilão. Afinal, a prioridade, segundo o magistrado, é assegurar que os credores recebam o devido pagamento.
Outras Dívidas Pendentes
A história não termina aí. Há também um débito de R$ 70 mil referente a honorários advocatícios.
Uma medida anterior determinava a retenção de 10% do dízimo arrecadado, conforme indicado pelo “O Estado de S. Paulo”. No entanto, a igreja tentou, sem sucesso, contestar essa decisão.
Cronograma e Plataforma do Leilão
Os interessados em participar do leilão devem se atentar: o início está previsto para 9 de outubro, com finalização em 13 do mesmo mês. O processo acontecerá na plataforma digital Superbid Exchange.
Um Retrospecto Importante
Retornando no tempo e observando os marcos significativos, destaca-se a grandiosa inauguração do templo em 2014. Este edifício, que hoje se encontra no centro de um leilão, é testemunha de inúmeros cultos e cerimônias.
Por outro lado, a propriedade em Ubatuba, cuja locação pela igreja se deu em 2009, tornou-se o estopim desta complexa questão financeira.
De forma surpreendente e lamentável, os compromissos financeiros associados a este imóvel foram interrompidos em 2017. O jornal “O Globo” destacou este impasse em suas publicações.
E, após uma série de embates judiciais, a situação se solidificou: não há mais margem para apelações, deixando a igreja com a única opção de discutir os detalhes finos dos cálculos de correção da dívida.