A Neoenergia (NEOE3) trouxe notícias positivas para seus investidores ao revelar um crescimento de 3% em seu lucro líquido atribuído aos controladores, alcançando R$ 1,54 bilhão no terceiro trimestre de 2023 (3T23). Este aumento se mostra ainda mais significativo quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Reação da Liderança
Durante uma teleconferência realizada na manhã seguinte à divulgação dos resultados, Eduardo Capelastegui, o CEO da empresa, não poupou elogios aos resultados alcançados, expressando grande satisfação e reafirmando o compromisso da empresa em manter uma trajetória de crescimento e resultados consistentes.
Foco Estratégico
O executivo também aproveitou a oportunidade para esclarecer os planos futuros da empresa, destacando a decisão estratégica de não participar do leilão da Agência Nacional de Energia (Aneel) previsto para dezembro. O objetivo, segundo ele, é concentrar esforços e recursos na conclusão dos projetos que já estão em andamento.
Análise dos Analistas
A reação do mercado foi extremamente positiva, com analistas expressando surpresa positiva em relação aos números apresentados, em especial o Ebitda Caixa, que se destacou no balanço financeiro. O JPMorgan destacou o desempenho do Ebitda Caixa, ressaltando seu valor de R$ 2,6 bilhões e o fato de ter superado as estimativas iniciais em 20%.
Excellência Operacional
O CEO da Neoenergia reforçou a importância da excelência operacional para a empresa, apontando para o crescimento expressivo de 107% do Ebitda Caixa desde a oferta pública inicial de ações (IPO).
Desempenho dos Segmentos
O relatório do Itaú BBA trouxe uma análise detalhada do desempenho dos diferentes segmentos da empresa. Enquanto o segmento de distribuição apresentou números sólidos, o setor de geração teve um desempenho considerado fraco.
Ações e Recomendações
O banco manteve sua recomendação de compra para as ações da Neoenergia, estabelecendo um preço-alvo de R$ 27,90. A relação dívida líquida/Ebitda da empresa foi um ponto de destaque, apresentando uma leve redução em comparação ao trimestre anterior.
Visão do CFO e Gestão da Dívida
Leonardo Gadelha, CFO da Neoenergia, contribuiu para a discussão destacando a estabilidade da dívida da empresa e a estruturação favorável para os próximos anos. Ele expressou confiança na capacidade da empresa de gerenciar sua dívida de forma eficaz, graças ao crescimento do Ebitda.
Combate à Inadimplência
O CFO também abordou o tema da inadimplência, ressaltando os efeitos positivos das iniciativas da empresa para combatê-la. O programa Desenrola Brasil foi citado como um exemplo de sucesso, tendo gerado resultados positivos em sua primeira fase de negociação.
Investimentos em Transmissão
A Suno Research deu destaque especial aos esforços da Neoenergia na área de construções em transmissão. Bernardo Viero, analista da Suno, ressaltou a importância dos ativos Lagoa do Patos e Vale do Itajaí, que, apesar de ainda não terem sido finalizados, já começaram a gerar receitas significativas para a empresa.
Conclusão e Perspectivas Futuras
Encerrando a discussão, o CEO da Neoenergia reiterou a decisão estratégica da empresa de não participar do leilão em dezembro de 2023, mantendo o foco na execução eficaz dos projetos já em andamento. Este direcionamento estratégico visa garantir a continuidade do crescimento e do sucesso financeiro da empresa, consolidando sua posição no mercado e gerando valor para os acionistas.