Os juros dos títulos do Tesouro Direto estavam em alta na manhã de terça-feira, 13 de junho, enquanto os investidores analisavam os novos dados de inflação dos Estados Unidos. Esses dados indicam que a inflação ao consumidor nos EUA subiu 0,1% em maio, abaixo das expectativas de uma alta de 0,2%.
Essa foi a última informação importante antes da decisão do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) sobre as taxas de juros na quarta-feira, 14 de junho.
Após o anúncio desses dados de inflação, todos os agentes do mercado dos EUA começaram a apostar na pausa do aperto monetário, com base em informações do CME Group. No dia anterior, pouco mais de 25% dos agentes ainda esperavam um aumento nos juros.
No Brasil, a agenda econômica estava tranquila, e os investidores estavam prestando atenção ao progresso de questões importantes no Congresso, como o quadro fiscal e a reforma tributária1.
Os títulos do Tesouro IPCA+ com vencimento em 2040 e 2055 viram um aumento em suas taxas de juros reais na manhã de terça-feira, subindo para 5,58% e 5,64%, respectivamente, em comparação com 5,51% e 5,58% na sessão anterior.
Entre os títulos com vencimentos mais curtos, o Tesouro IPCA+ 2029 e o Tesouro IPCA+ 2035 também tiveram aumentos em suas taxas de juros reais para 5,36% e 5,47%, respectivamente.
Os títulos prefixados também mostraram uma recuperação nas taxas na manhã de terça-feira. O Tesouro Prefixado 2026 viu sua rentabilidade anual subir para 10,54% em comparação com 10,52% na sessão anterior, enquanto o Tesouro Prefixado 2033 teve um retorno anual de 11,26%, em comparação com 11,20% na sessão anterior.
Inflação nos Estados Unidos: Atualização Relevante para o Mercado
Hoje, terça-feira, o mercado respira aliviado com a notícia de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos teve uma alta de apenas 0,1% em maio, ficando abaixo do consenso previsto pela Refinitiv de 0,2%.
O núcleo da inflação, que não leva em conta as flutuações nos preços de alimentos e energia, registrou um aumento de 0,4% no mês e 5,3% no acumulado dos últimos 12 meses, uma redução em relação à taxa acumulada de 5,5% observada em abril.
Esses dados agora levam o mercado como um todo a apostar em uma interrupção na política de aperto monetário nos Estados Unidos.
Para os investidores brasileiros, essa informação é crucial, pois pode ter impacto na forma como o Banco Central brasileiro conduz sua política monetária.
Como o Brasil está um passo à frente dos países desenvolvidos em termos de política monetária, já se espera que haja uma redução na taxa básica de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá na próxima semana, e o mercado está aguardando sinais de que a instituição vê espaço para um corte na taxa Selic.