Em uma manobra política sem precedentes, Israel instaurou um gabinete especial de emergência na quarta-feira, que, surpreendentemente, inclui alguns membros da oposição política. Esta decisão foi motivada pelo crescente confronto com o Hamas.
O líder de Israel, Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, fez um anúncio oficial sobre esta coalizão de crise. Ao seu lado neste “grupo estratégico de combate” estão Yoav Gallant, responsável pela pasta da Defesa, e Benny Gantz, um ex-responsável por defesa, que agora comanda um partido oposicionista.
Presenças estratégicas e protocolos estabelecidos para o conflito
O “grupo estratégico de combate” não está limitado aos nomes já mencionados. Ron Dermer, que cuida de questões estratégicas internacionais, e Gadi Eizenkot, que antes liderava as forças militares de Israel, estarão presentes, mas com a responsabilidade de observar e orientar.
Uma peculiaridade deste grupo especial é que ele focará exclusivamente em questões relativas ao combate. Isso significa que outros temas, inclusive decisões administrativas rotineiras como promoções e nomeações, serão pausadas até a resolução do confronto.
Uma posição de destaque no grupo foi oferecida a Yair Lapid, antecessor de Netanyahu no cargo máximo do país, reforçando o caráter inclusivo e de união deste grupo emergencial.
Ações projetadas contra o Hamas e a situação na Faixa de Gaza
Devido à presença conhecida do Hamas no sul da Faixa de Gaza, muitos preveem que Israel poderá aumentar significativamente suas operações militares nessa área específica.
Segundo declarações de líderes e autoridades israelenses, o principal objetivo é desarticular e eliminar permanentemente este grupo militante, que é notoriamente associado e recebe suporte direto das autoridades iranianas.
Figuras proeminentes ausentes na coalizão emergencial
Chama a atenção a não inclusão de personalidades marcantes da extrema direita no novo gabinete de emergência. Líderes como Bezalel Smotrich, responsável pelas finanças, e Itamar Ben Gvir, que comanda a Segurança Nacional, estão notavelmente ausentes nas decisões estratégicas militares neste cenário.
Tensões crescentes no limite norte de Israel
O cenário complicado não se restringe ao Hamas. Israel está em alerta máximo em seu norte, onde confrontos com o Hezbollah no Líbano estão acontecendo. Este grupo, assim como o Hamas, é fortemente apoiado pelo Irã. Recentemente, declararam aliança com o Hamas, intensificando as tensões.
Especialistas em segurança estão em alerta sobre o vasto arsenal de mísseis do Hezbollah, especulando sobre a possibilidade de um aumento nos ataques contra Israel, especialmente se forças israelenses avançarem sobre Gaza.