O recente apagão que abrangeu grande parte do Brasil resultou em consequências econômicas significativas para o setor varejista.
Delineamento do Incidente
No dia 15 de agosto, um perturbador desequilíbrio na rede elétrica prejudicou o fornecimento de energia em quase a totalidade do território brasileiro.
Especificamente, aproximadamente 19 mil MW foram interrompidos, o que representou cerca de um quarto dos 73 mil MW de carga na hora do incidente. Todos os estados foram afetados, exceto Roraima.
Queda Abrupta no Faturamento
Conforme relatório divulgado pela Cielo, uma renomada empresa de meios de pagamento, houve uma retração de 4,8% no faturamento do varejo.
Esse dado foi obtido ao comparar o período de falta de energia, das 8h30 às 15h, com o mesmo horário de 16 de agosto de 2022. “Ao considerar todo o dia 15, a queda observada foi de 1,9%”, informou a empresa.
Estados Mais Afetados
As regiões que enfrentaram o maior tempo de apagão foram as mais impactadas economicamente. Algumas das quedas mais drásticas ocorreram no Pará, com uma retração de 45,3% no varejo, e no Maranhão, onde houve uma queda de 40,8%.
Outros estados, como Bahia e Ceará, também viram declínios nas vendas, registrando reduções de 29,5% e 29,3%, respectivamente.
Desempenho nas Principais Cidades
Em metrópoles como São Paulo, o varejo viu uma queda de 2,8% durante o apagão e de 1,9% ao longo de todo o dia. No Rio de Janeiro, os números foram um pouco menos drásticos, com reduções de 0,5% e 0,6%, respectivamente.
Reflexão da Cielo sobre os Resultados
Carlos Alves, vice-presidente de produtos e tecnologia da Cielo, ressaltou em uma nota:
“A diferença de performance entre os Estados está diretamente associada ao tempo sem abastecimento de energia. Por isso, vemos os comércios de unidades da federação do Norte e Nordeste com resultados mais negativos, enquanto as vendas em Estados do Sul e Sudeste, por exemplo, sofreram menos o impacto do apagão”.