O governo italiano de ideologia conservadora anunciou hoje uma série de propostas com o objetivo de aprimorar a segurança pública. Entre as medidas, estão previstas penas mais rigorosas para mulheres grávidas ou com filhos pequenos, visando combater a prática de furto.
O governo de direita da Itália apresentou nesta quinta-feira um conjunto de medidas para fortalecer a segurança pública. As iniciativas incluem a possibilidade de implementar punições mais severas para mulheres grávidas ou com crianças muito pequenas, como forma de combater a prática de furto.
“A coalizão do partido Liga Norte já vinha há bastante tempo exigindo a revogação de uma regra que impede a prisão imediata de mulheres que praticam roubo em bolsas, como parte de uma campanha contra estrangeiras que cometem esse tipo de crime em transportes públicos.”
De acordo com a proposta, os juízes teriam a opção de ordenar a detenção de criminosos habituais, porém não seriam obrigados a fazê-lo. Essa iniciativa foi comunicada pelo ministro do Interior, Matteo Piantedosi, durante uma entrevista coletiva.
“De acordo com o ministro, essa medida visa evitar que o status de maternidade seja usado como uma justificativa para cometer um crime.”
O governo anunciou que grávidas ou mães de crianças com até um ano de idade não serão encarceradas em prisões convencionais, mas serão mantidas em instalações especiais onde são aplicados métodos de detenção mais suaves.
A medida implementada pelo governo tem sido alvo de críticas contundentes por parte da oposição. Em um comunicado, o partido Aliança Esquerda Verde (AVS) classificou-a como um “tratamento injusto e prejudicial às mulheres grávidas e suas crianças, que não têm qualquer culpa no ocorrido”.
Uma nova medida foi adicionada a um projeto de lei do governo, que precisa passar pela aprovação de ambas as Casas do Parlamento para se tornar lei.
O projeto também trata da questão dos ativistas ambientais que optam por bloquear rodovias e ruas como forma de exigir medidas contra as mudanças climáticas, o que acaba causando a indignação dos condutores.