Na manhã de sexta-feira, o dólar experimentou uma série de flutuações. Depois de uma alta inicial aproximando-se de R$ 5,10, a moeda reverteu sua trajetória e alcançou uma mínima de R$ 5,0478. Essa reversão foi influenciada por diversos fatores, incluindo o comportamento do índice DXY e os juros dos Treasuries.
Contexto Internacional Afeta o Dólar
A crescente tensão geopolítica entre Israel e o grupo Hamas, juntamente com a possibilidade de Israel invadir a Faixa de Gaza, criou uma atmosfera de incerteza no mercado global, fazendo com que os investidores buscassem segurança em moedas fortes como o dólar.
Este cenário de instabilidade foi ainda mais acentuado pela crise contínua no setor imobiliário da China, uma das maiores economias do mundo. Somando-se a isso, a decisão da China de manter sua taxa de juros, em vez de reduzi-la, fez com que o preço do minério de ferro, um dos principais produtos de exportação da nação, caísse mais de 3%.
Toda essa conjuntura internacional fez com que o dólar emergisse como um porto seguro, uma moeda-refúgio, à medida que os investidores procuravam proteger seus ativos de potenciais volatilidades e riscos no mercado global.
A Avaliação dos Especialistas
Leonel Mattos, da Stonex, atribuiu a queda temporária do dólar a uma correção técnica e também ao desempenho do índice DXY. Ele acrescentou que os movimentos de preço da Petrobras, especialmente a correção do diesel para alinhar-se com os preços internacionais, são vistos positivamente pelos investidores.
Por outro lado, Fabrizio Velloni da Frente Corretora, observou que a sessão começou com uma alta mais acentuada no mercado de câmbio.
Ele mencionou o IBC-Br, que veio abaixo das expectativas, como uma das razões para essa tendência. Velloni também expressou preocupações sobre a economia chinesa, principalmente devido à crise imobiliária e à decisão do banco central chinês de manter as taxas de juros inalteradas.
O Desempenho do Dólar Durante a Manhã
No final da manhã, o cenário financeiro mostrava que o dólar, a moeda dos Estados Unidos, mantinha um comportamento estável em comparação com o real brasileiro, uma tendência que vem sendo observada em muitos mercados emergentes. Às 10h57, a moeda sofreu uma leve desvalorização, chegando a R$ 5,0488.
No entanto, esta tendência foi de curta duração. Às 11h33, o dólar reagiu, voltando a valorizar-se, mas essa ascensão foi efêmera. Em seguida, a moeda experimentou um novo ajuste, apresentando uma diminuição de 0,02% em seu valor, estabilizando-se em R$ 5,0520.
Esse comportamento ilustra a volatilidade intrínseca do mercado de câmbio e a sensibilidade às mudanças no cenário econômico global.