Você já deve ter se familiarizado com a Polishop, uma proeminente marca brasileira de varejo, ao ver suas propagandas na televisão.
Com um modelo de negócio que abrange vendas online e uma presença significativa com lojas físicas em todo o país, a Polishop está atualmente passando por um período financeiramente complicado. Essa circunstância resultou numa medida drástica: o fechamento de uma série de suas lojas.
Embora a empresa esteja carregando um fardo de dívidas considerável, o dirigente da Polishop transmite confiança, reafirmando que essa questão não afeta a trajetória de longo prazo da empresa.
A Polishop mantém seus ativos estratégicos, que incluem centros de distribuição, uma unidade de manufatura em Manaus (AM) e seis emissoras de televisão.
Assim, a Polishop, embora enfrentando dificuldades financeiras e passando por uma profunda reestruturação, está resoluta em seu objetivo de continuar sendo uma referência no setor de varejo do Brasil.
Polishop enfrenta desafios financeiros e fecha várias lojas
No princípio do ano corrente, a Polishop operava com um quadro de mais de 3 mil empregados e 280 lojas espalhadas pelos mais importantes shoppings do país, além de quiosques; no entanto, esses números diminuíram para 122 estabelecimentos e 1,5 mil colaboradores.
Essa diminuição é atribuída ao fechamento de 100 lojas físicas. João Apolinário, que é o fundador e atual presidente da Polishop, em diálogo com o Estadão, afirmou que as demissões foram uma decisão tomada a contragosto, sendo necessárias devido aos obstáculos enfrentados pelo setor varejista.
Apolinário precisou fazer um aporte financeiro na empresa como parte da reestruturação, embora o montante não tenha sido divulgado.
A empresa almeja aumentar a produção de produtos próprios de 20% para 50%, planejando novos lançamentos para breve.
Além dos obstáculos no setor varejista, a Polishop também é alvo de 30 processos judiciais no Tribunal de Justiça de São Paulo devido à inadimplência no pagamento de aluguéis, totalizando mais de R$ 9 milhões.
Em defesa da situação financeira da empresa, Apolinário afirma: “A dívida é baixa. Nosso endividamento atual é baixo. Essa dívida não foi resolvida por falta de acordo, e não por falta de dinheiro.
Fechamos cento e tantas lojas e não vemos processos trabalhistas, gente reclamando que não recebeu. Esses processos de aluguéis são casos pontuais. A dívida não compromete a saúde financeira da empresa”.
Segundo Apolinário, uma das diretrizes estratégicas que a empresa planeja adotar é o estabelecimento de uma rede de franquias.