Os mercados europeus fecharam em baixa, com a situação industrial na zona do euro e na China pesando sobre os investidores. As quedas incluíram 0,43% no FTSE 100, 1,26% no DAX, 1,22% no CAC 40, 0,97% no FTSE MIB, 1,50% no índice Ibex 35, e 0,90% no PSI 20 da Bolsa de Lisboa.
O Quadro da Indústria: Contrações na Europa e Incertezas na China
Com os PMIs industriais da zona do euro e da China abaixo do esperado, os investidores estão mostrando preocupações.
Na zona do euro, o PMI industrial atingiu a contração mais alta dos últimos 38 meses, em 42,7, e o PMI da indústria alemã caiu para 38,8 em julho. O PMI industrial da China foi de 49,2, indicando uma recuperação mais fraca que o esperado.
A Capital Economics ponderou que “os estímulos do governo chinês devem garantir uma volta ao crescimento ainda em 2023, mas a evolução será modesta.”
E a gestora SPI Asset afirmou: “Muitos especialistas preveem que as principais indústrias econômicas da China podem enfrentar dificuldades, pois o governo hesita em fornecer estímulos substanciais devido a preocupações com a alavancagem financeira.”
O Mercado de Trabalho e Política Monetária: Desemprego e Taxas de Juros
A taxa de desemprego na zona do euro continua baixa, o que pode levar o Banco Central Europeu a elevar os juros em 25 pontos-base.
A Capital Economics destacou que o mercado de trabalho apertado “vai demorar para passar”, e que os cortes na taxa de juros podem não acontecer até o segundo semestre de 2024.
Aspectos Positivos: Lucros Corporativos e Atividade nas Ações
Algumas notícias positivas emergiram dos balanços trimestrais, com o HSBC dobrando o lucro e aumentando sua receita em 50%, levando suas ações a subir 1,45% em Londres.
A BP anunciou um programa de recompra de ações no valor de US$ 1,5 bilhão, mas suas ações fecharam em queda de 0,09%.