Títulos americanos continuam a registrar aumentos, acompanhados por altas no ouro e petróleo. Conforme o mercado fica cada vez mais preocupado com a direção da política fiscal nos EUA e o envolvimento de novos grupos no conflito no Oriente Médio, a busca por ativos seguros se intensifica. Veja as perspectivas dos analistas do TradingView para as próximas semanas.
WaggLim
No mercado mundial, o preço do ouro atingiu 1.960 USD/onça e continua subindo. O JPMorgan prevê que os preços à vista do ouro atingirão uma média de cerca de 1.920 USD/onça no quarto trimestre de 2023. Também deu uma previsão trimestral para 2024 de US$ 1.950 no primeiro trimestre; 2.030 USD no segundo trimestre; 2.100 USD no terceiro trimestre e 2.175 USD no quarto trimestre.
Além disso, a investigação técnica atual sobre a cotação XAUUSD mostrou dois níveis de resistência importantes onde o ouro deve ser negociado numa base de fecho a 1.980 USD/onça e depois a 2.000 USD/onça. Os preços do ouro poderão ultrapassar a marca dos 2.000 USD/onça num futuro próximo se o conflito aumentar. Além disso, o facto de a Reserva Federal dos EUA (Fed) suspender temporariamente os aumentos das taxas de juro ou sinalizar que é pouco provável que aumente as taxas de juro no futuro também será bem recebido pelo mercado.
ShimaTrader
No gráfico diário do IBOV, apesar de uma sequência de três dias de forte alta, o mercado deixou um candle de corpo pequeno, sem conseguir superar e fechar consistentemente acima do candle do dia anterior. Este cenário está se desenrolando em uma região de resistência (oferta), o que exige maior cautela daqui em diante.
Essa observação é importante porque o movimento de alta recente pode ser um repique dentro de uma tendência de baixa que ainda está ativa. Caso o IBOV reverta sua direção e retome a tendência de baixa, os níveis a serem observados incluem a região do fundo anterior em 112.000 pontos, seguida pelas próximas possíveis áreas de suporte em 110.836 e 108.920 pontos. É fundamental acompanhar de perto o comportamento do mercado para tomar decisões informadas.
Ductor Macus
O movimento do SP500 está literalmente enigmático. Ao se analisar pelo foco mensal, forma uma figura de indefinição com longas sombras de topo e fundo. No diário, pode até trazer alguma surpresa positiva por conta de dados macroeconômicos. Por outro lado, no campo semanal, que é o foco desse estudo, deixa claro movimento de lateralização dentro da zona circular. Por outro lado, se perder a zona de suporte, coloca em destaque que poderemos ter a experiência de maus momentos para o mercado global.
No melhor dos mundos, é melhor continuar consolidando para quem sabe ter fôlego para 2024, do que arriscar um falso respiro em outubro, deixando investidores posicionados em regiões perigosas mais propícias para correção.
Entre comprar e vender, eu apostaria em aguardar até o final do mês, pois essa última alta que tivemos, próxima dos 4400 pontos, me pareceu uma pegadinha de falsa esperança. Os índices futuros Dow Jones e Nasdaq também estão precificando quedas expressivas mesmo em temporada de balanços. Vale destacar que, além dos gráficos, temos o risco de aumento de conflitos bélicos pelo mundo. Dessa forma, a cautela é um ótimo remédio.
HydraView
No gráfico, observamos o indicador de volatilidade do SP500, conhecido como VIX. Está se formando um canal de resistência, mantendo a lateralização e ainda não atingiu a alta registrada em março. Existe uma probabilidade de aumento da volatilidade nos próximos 30 dias, devido à acumulação ou venda.
Com o contexto geopolítico global atual, em breve poderemos identificar um cenário de bear market (mercado de baixa) ou bull market (mercado de alta). Esta análise tem o propósito de fornecer um contexto macro e nos ajudar a preparar nossa margem para operações futuras.
Disclaimer: As análises aqui apresentadas são apenas estudos. Elas não são recomendações de investimento, nem de compra nem de venda, tampouco refletem a opinião do veículo de mídia na qual estão sendo divulgadas. São estudos direcionados a pessoas com conhecimento e experiência no mercado financeiro.
Nossos Autores: WaggLim, Kleber Shimabuku, HydraView.
