O renomado ator brasileiro, Cauã Reymond, iniciou um processo judicial contra a Atlas Quantum, uma empresa envolvida em um esquema de pirâmide financeira de criptomoedas, acusada de um golpe financeiro estimado em R$ 7 bilhões. Reymond alega que sua imagem foi usada indevidamente pela empresa. A notícia foi divulgada pelo portal Metrópoles.
Pedido de Indenização por Danos Morais
No decorrer da ação, Cauã Reymond está solicitando uma indenização de R$ 50 mil por danos morais. Ele havia participado de uma campanha publicitária para a Atlas Quantum em 2018, juntamente com a atriz Tatá Werneck, sob um contrato por tempo determinado. Apesar do término do contrato, a empresa continua a manter o material publicitário com a imagem do ator disponível online, conforme mencionado nos autos e citado pelo Metrópoles.
Breve Histórico da Atlas Quantum
A Atlas Quantum, criada por Rodrigo Marques dos Santos e Fabrício Spiazzi Sanfelice Cutis, afirmava possuir um robô de arbitragem, denominado “Quantum”. Esse robô supostamente realizava operações de trade entre diferentes exchanges de criptomoedas, garantindo sempre lucro. No entanto, em 2019, a empresa se tornou alvo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) devido à oferta irregular de títulos mobiliários. A CVM concluiu que o serviço oferecido pela empresa se enquadrava na categoria de Contrato de Investimento Coletivo (CIC), o que exigiria uma autorização prévia.
Consequências das Ações da CVM
Após a intervenção da CVM, a Atlas Quantum cessou os pagamentos de resgates aos investidores. Desde então, a empresa foi processada por milhares de investidores, tanto no Brasil quanto no exterior, com uma estimativa de que aproximadamente 200 mil pessoas tenham sido vítimas do esquema.
Posicionamento de Cauã Reymond
Cauã Reymond, em seu processo, defende que a Atlas Quantum gozava de boa reputação no mercado quando ele iniciou a campanha publicitária. Ele ressaltou que, conforme o contrato, caso a empresa se mantivesse íntegra ao longo do tempo, ele teria o direito de tomar medidas legais.
Efeitos na Imagem do Ator
A participação na campanha publicitária para a Atlas Quantum teve repercussões negativas para Reymond e Tatá Werneck, resultando na convocação de ambos para depor em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava fraudes envolvendo criptoativos. Os dois atores recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) e conseguiram evitar a participação na CPI, gerando frustração entre os parlamentares. Reymond destacou que a convocação para a CPI afetou negativamente sua imagem.