Na terça-feira, a Amaggi, líder no mercado brasileiro de grãos e fibras, fez um anúncio importante. A empresa adquiriu 350 caminhões da Scania, incluindo 100 veículos adaptados para funcionar exclusivamente com biodiesel puro (B100), produzido pela própria companhia. A Amaggi inaugurou uma fábrica de biocombustíveis este ano em Mato Grosso, agora capaz de suprir sua nova frota de caminhões.
A Amaggi está avançando em seu objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, planejando ter a maior frota de veículos movidos a biodiesel B100. Isso acontece após a conclusão de testes homologados, como parte da estratégia de descarbonização do grupo. De acordo com o CEO da Amaggi, Judiney Carvalho, a empresa está alinhada com sua meta de reduzir as emissões até 2035.
“Estamos com os olhos voltados para o futuro, planejando não apenas aumentar o número de veículos rodoviários movidos a B100, mas também expandir o uso desse combustível para a frota fluvial, tratores e outros equipamentos agrícolas. Esses testes já vêm sendo realizados há anos pela Amaggi”, afirmou Carvalho, em uma declaração divulgada pela empresa à Reuters de forma antecipada.
“A nossa meta é ter todos os nossos veículos abastecidos exclusivamente com biodiesel no futuro, e estamos tomando as medidas necessárias para nos prepararmos para essa transição”, concluiu.
A Scania anunciou que começará a entregar os 100 veículos modelo 500 R 6×4 Super movidos a B100, a partir de maio do próximo ano. Esses veículos já sairão da fábrica prontos para rodar com esse tipo de combustível.
A frota da Amaggi utilizará o B100, um tipo de biocombustível produzido pela própria empresa. A fábrica de biodiesel da companhia entrou em funcionamento em 2023 em Lucas do Rio Verde (MT), onde a empresa também opera uma indústria esmagadora de soja. O óleo extraído da soja é utilizado como matéria-prima para a produção do biocombustível.
A fábrica possui uma capacidade de produção de aproximadamente 368 milhões de litros de biodiesel por ano e fornece também para o mercado brasileiro, onde é obrigatório adicionar 12% desse biocombustível ao diesel.
A Amaggi anunciou recentemente sua decisão de adotar o uso de B100 em sua frota, seguindo os passos da JBS, que também divulgou um projeto similar recentemente. A JBS começou a abastecer três veículos da DAF com combustível produzido em sua unidade de biodiesel no Brasil. A iniciativa reflete a crescente tendência do setor de utilizar combustíveis mais sustentáveis.
O Crescimento da Frota: O Fenômeno em Ascensão
O setor de transporte está enfrentando um fenômeno em ascensão: o aumento da frota. A demanda por veículos está crescendo constantemente, e as razões por trás desse aumento são diversas.
Uma das principais razões para esse crescimento é a necessidade de mobilidade. Com o avanço da tecnologia e a maior facilidade de acesso a informações, as pessoas estão se deslocando mais para o trabalho, estudos, lazer e outras atividades do dia a dia. Isso implica em um aumento na quantidade de veículos nas ruas, contribuindo para o aumento da frota.
Além disso, o crescimento da população também é um fator importante. Com um número cada vez maior de pessoas no mundo, há uma demanda crescente por transporte individual. Isso se deve ao fato de que a mobilidade é crucial para uma série de atividades da vida moderna, e ter um veículo próprio é uma maneira conveniente e eficiente de atender a essa demanda.
Outro fator que contribui para o aumento da frota é o desenvolvimento econômico. Com o crescimento da economia, mais pessoas têm capacidade financeira para adquirir veículos. Além disso, o acesso facilitado a crédito também tem impulsionado o aumento da frota, já que as pessoas têm mais facilidade para financiar a compra de um veículo.
No entanto, é importante ressaltar que o aumento da frota também traz consigo uma série de desafios. O aumento do tráfego nas cidades pode levar a congestionamentos e problemas de mobilidade. Além disso, o maior número de veículos nas ruas também pode contribuir para a poluição do ar e aumento das emissões de gases de efeito estufa.
Diante desse contexto, é essencial que sejam adotadas medidas para lidar com os desafios causados pelo aumento da frota. Investimentos em infraestrutura viária, como a construção de novas vias e a melhoria dos sistemas de transporte público, podem ajudar a aliviar o congestionamento nas ruas. Além disso, políticas de incentivo ao uso de transportes mais sustentáveis, como bicicletas e transporte público, também podem ser adotadas para reduzir a poluição e as emissões de gases poluentes.
Em suma, o aumento da frota é um fenômeno que está se tornando cada vez mais presente no setor de transporte. Embora traga desafios, como congestionamentos e poluição, é necessário adotar medidas para lidar com essas questões e garantir uma mobilidade eficiente e sustentável.
A Amaggi, uma empresa que produz aproximadamente 1,2 milhão de toneladas de soja, milho e algodão a cada ano e vendeu cerca de 18,6 milhões de toneladas desses produtos globalmente em 2022, divulgou também a compra de um novo lote de 250 caminhões convencionais 560 R 6×4 Super, da Scania.
“A Amaggi estima que a sua frota de caminhões, que conta atualmente com 700 veículos, alcance 1.100 unidades até o final de 2024.”
O montante pago pela compra dos veículos não foi revelado.
“Esta é uma compra histórica significativa que terá um grande impacto no mercado, já que será a primeira vez que iremos vender caminhões totalmente movidos a biodiesel diretamente da fábrica. A parceria entre a Amaggi e a Scania demonstra o quanto estamos empenhados em tornar o setor de transporte mais sustentável”, afirmou Simone Montagna, presidente e CEO das Operações Comerciais da Scania no Brasil.
De acordo com o executivo, o ciclo sustentável está totalmente implementado, já que a fábrica de biodiesel pertence à Amaggi. Ele afirmou que os testes foram bem-sucedidos e que o veículo está completamente pronto para utilizar esse combustível.
Montagna enfatizou que a nova linha de caminhões convencionais, composta pelos caminhões 560 Super, proporciona uma economia de combustível de até 28% em relação à geração anterior, além de uma eficiência energética superior, resultando em uma menor emissão de gases poluentes.