O CEO da C&A, Paulo Correa, não vê o atual ciclo de queda dos juros como um sinal para a empresa relaxar. Ele observa que “o início do ciclo de queda dos juros, ainda não permite à companhia baixar a guarda.” Além disso, ele alerta sobre o endividamento das famílias, que pode retardar a retomada do consumo.
Enfrentando Desafios e Buscando Eficiência
Enquanto lida com a “tempestade perfeita” dos juros altos e da competição com varejistas asiáticas, a C&A concentra-se em dois objetivos principais: aumentar a eficiência operacional e investir em tecnologia.
Esses pilares estão orientando a empresa para cortar custos e melhorar a gestão da dívida, permitindo também uma resposta mais ágil às tendências do mercado.
A Surpresa Barbie e a Agilidade Necessária
A popularidade da Barbie demonstra uma mudança no comportamento do consumidor, algo que Correa descreve como o “dinamismo do mundo, que hoje está nas redes sociais.”
Ele reconhece a dificuldade de prever tais tendências, afirmando: “Como prever isso? Não tem como, mas você precisa ser ágil e ter cadeias produtivas mais ágeis.”
Cenário da C&A no Brasil e Avaliação das Ações
Com uma forte presença no Brasil e mais de 15.000 funcionários, a C&A enfrenta desafios no mercado de ações. As ações subiram desde março, mas ainda estão abaixo dos valores históricos. Correa acredita que o papel está sendo “penalizado” pelo “achatamento” de valor das empresas de varejo e pela taxa de juros.
O Impacto dos Juros e a Visão Futura
A situação dos juros elevados e sua influência no varejo de moda são preocupantes. A C&A está ciente de como esses fatores, além de aumentar as despesas financeiras, também afetam o endividamento e a inadimplência dos consumidores.
Com uma visão clara dos desafios à frente, a C&A está tomando medidas proativas para enfrentar uma economia complexa e um mercado em constante mudança.