De acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, os especialistas consultados reajustaram para baixo suas projeções de inflação e reduziram a perspectiva de crescimento para este ano.
De acordo com um levantamento que analisa a visão do mercado em relação aos indicadores econômicos, houve uma queda na expectativa de alta do IPCA em 2023 para 4,55%, em comparação com a semana anterior em que era de 4,59%. Já para o ano de 2024, a projeção foi reduzida em 0,01 ponto percentual, chegando a 3,91%. Para os anos seguintes, a expectativa se mantém em 3,50%.
A meta oficial de inflação para o ano de 2023 é de 3,25%, enquanto para os anos de 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%. Para todos esses anos, há uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Essas metas têm como objetivo manter a estabilidade dos preços no país.
Os ajustes estão ocorrendo enquanto há uma redução nas previsões dos especialistas em relação à alta dos preços administrados, de acordo com a pesquisa semanal. Agora, espera-se uma inflação de 9,18% para este ano e de 4,43% para o próximo ano, em comparação com as previsões anteriores de 9,38% e 4,46%.
De acordo com as últimas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa de crescimento para este ano sofreu uma redução de 0,04 ponto percentual, ficando em 2,85%. Enquanto isso, a previsão para o próximo ano permanece em 1,50% há nove semanas seguidas.
Na última sexta-feira, o Banco Central divulgou os resultados do seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que indicaram uma queda de 0,06% em setembro em comparação com o mês anterior. Esses dados apontam uma contração de 0,64% na atividade econômica no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores.
De acordo com uma pesquisa realizada semanalmente com uma centena de economistas, as perspectivas indicam que a taxa básica de juros Selic encerrará o ano de 2023 em 11,75% e o ano de 2024 em 9,25%.