A Petrobras planeja enviar, na próxima semana, uma sonda para a Bacia de Potiguar, onde será realizada a perfuração de um poço exploratório ainda este ano. Esse movimento marca o primeiro poço exploratório na Marquem Equatorial brasileira desde 2015.
A petroleira informou à Reuters que está em andamento o trabalho de limpeza do casco da sonda. Anteriormente, esperava-se que a perfuração ocorresse entre os meses de outubro e novembro.
A empresa pretende investir aproximadamente 300 milhões de dólares na perfuração de dois poços em águas profundas da Bacia Potiguar. O Ibama emitiu as licenças ambientais para esses projetos no início de outubro, como mencionado anteriormente pela empresa.
A Petrobras informou em comunicado que a duração das perfurações na campanha exploratória da Bacia de Potiguar está prevista para durar entre três e cinco meses por poço. A empresa reafirmou que a expectativa é que as perfurações comecem ainda neste ano.
A Marquem Equatorial no Brasil é uma vasta região que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá. Considerada uma nova fronteira de exploração de petróleo e gás, apresenta grandes oportunidades, mas também enfrenta desafios socioambientais significativos.
A região tem despertado o interesse da indústria devido ao seu potencial petrolífero e gasífero. Estudos indicam a existência de reservas consideráveis, o que poderia impulsionar a economia brasileira e gerar empregos.
No entanto, a exploração de petróleo e gás nessa área também traz desafios socioambientais complexos. A Marquem Equatorial é caracterizada por sua rica biodiversidade, incluindo ecossistemas frágeis como a Floresta Amazônica e o Pantanal. A atividade petrolífera pode causar danos aos habitats naturais, poluir rios e mares, e impactar a vida de comunidades tradicionais.
Por isso, é necessário adotar medidas rigorosas para garantir a sustentabilidade ambiental e social durante a exploração de petróleo e gás na região. Isso inclui o monitoramento constante dos impactos ambientais, a implementação de tecnologias mais limpas e a compensação adequada de comunidades afetadas.
Além disso, é preciso envolver todas as partes interessadas, como empresas, governo e sociedade civil, em um diálogo aberto e transparente. Isso permitirá a definição de diretrizes e políticas eficazes, que garantam o desenvolvimento econômico sem comprometer o meio ambiente e o bem-estar das comunidades locais.
A Marquem Equatorial no Brasil certamente oferece oportunidades promissoras para o setor de petróleo e gás. No entanto, é fundamental equilibrar essas perspectivas com a proteção do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento social, buscando um futuro sustentável para toda a região.
O poço de Pitu Oeste, o primeiro a ser perfurado na área de Potiguar, será localizado a uma distância de 52 km da costa, no bloco BM-POT-17. A sonda NS-42, atualmente no Rio de Janeiro, será preparada e transportada para o local de perfuração.
Através da pesquisa exploratória em Potiguar, a empresa pretende adquirir informações geológicas adicionais sobre a região, a fim de avaliar a viabilidade econômica e a extensão da descoberta de petróleo feita em 2013 no poço de Pitu.
A Pitu já tinha recebido uma expansão de poço em 2015, que também resultou em uma descoberta. Este foi o último poço perfurado na Margem Equatorial brasileira, e a expansão no setor de exploração tem gerado diferentes visões dentro do governo, principalmente em relação à exploração da Foz do Amazonas, onde a pesquisa foi bloqueada pelo Ibama até o momento.