A crise financeira da WeWork, conhecida por seu modelo de negócio de coworking, tem gerado preocupações não só no mercado imobiliário global, mas também no Brasil. Com uma dívida que se aproxima de US$ 19 bilhões, a empresa norte-americana solicitou recuperação judicial, trazendo à tona questões sobre como essa situação afetará os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) que contam com a WeWork como locatária.
WeWork e o Pedido de Recuperação Judicial
O pedido de recuperação judicial pela WeWork nos Estados Unidos levanta dúvidas sobre os contratos de locação vigentes com os FIIs brasileiros. O caso do Vinci Offices (VINO11) é particularmente notável, uma vez que a relação do fundo com a operadora de coworking foi evidenciada em relatório recente.
Relação da WeWork com o Mercado Brasileiro
De acordo com o relatório do VINO11, a WeWork Brasil opera como uma joint venture com o SoftBank, que detém a maior parte da sociedade. “Isso significa que as operações brasileiras operam de forma independente e não existe um impacto direto do pedido do Chapter 11 nas operações locais”, garante o documento do fundo. Além disso, a startup mantém sua adimplência em dia com o fundo.
O Vínculo do Vinci Offices com a WeWork
O fundo Vinci Offices conta atualmente com dois espaços alugados para a WeWork, que representam cerca de 5% da receita total do fundo. Esses imóveis localizam-se em áreas nobres de São Paulo, como Alto de Pinheiros e Jardins, e compõem uma parte relevante do portfólio do VINO11, que inclui outros ativos importantes como a sede da Rede Globo em São Paulo.
Outros Fundos Imobiliários e a WeWork
Além do Vinci Offices, outros FIIs como Ourinvest Renda Estruturada (OURE11), Multi Renda Urbana (HBRH11), Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), BTG Pactual Corporate Office Fund (BRCR11) e Torre Norte (TRNT11) também listam a WeWork como inquilina. Cada um desses fundos possui estratégias e locais distintos para acomodar a WeWork, demonstrando a expansão da startup pelo território nacional.
Perspectivas Futuras para os FIIs
A situação da WeWork obriga os FIIs a reconsiderarem suas estratégias de locação e a avaliarem o impacto potencial em suas receitas. A resposta a esses desafios pode incluir uma diversificação maior dos inquilinos e a busca por acordos mais resilientes.