A partir de hoje, segunda-feira, 23 de outubro, uma atualização nas taxas para empréstimos pessoais consignados passa a ser aplicada, passando de 1,91% para 1,84%. Em relação ao cartão de crédito consignado e o cartão-benefício, as taxas foram reajustadas de 2,83% para 2,73%. Este ajuste sugere que os bancos e instituições financeiras têm agora a autorização para aplicar taxas que sejam iguais ou inferiores a esses novos limites.
Detalhes dos Empréstimos Consignados
Para entender melhor, nos empréstimos consignados, os mutuários concordam com o desconto automático das parcelas, seja diretamente em sua folha de salário ou no benefício que recebem, como aposentadoria ou pensão.
Motivos para a Mudança nas Taxas
Este movimento nas taxas foi incentivado pelo recente decréscimo de 0,5% na Taxa Selic, a taxa de juros básica do país. Em um anúncio feito no final de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou sobre a redução dos juros básicos, movendo de 13,25% para 12,75% ao ano.
No mês de agosto, Carlos Lupi, o Ministro da Previdência Social, expressou que estavam sendo consideradas novas revisões nas taxas dos empréstimos consignados conforme a Taxa Selic continuasse a diminuir. Porém, essas revisões requerem aprovação do CNPS.
Reações dos Bancos Frente ao Novo Teto
Com os novos tetos estabelecidos, várias instituições financeiras terão que ajustar suas taxas para os empréstimos consignados destinados aos beneficiários do INSS. As informações mais recentes do Banco Central destacam que bancos como o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia tinham taxas de 1,91% ao mês. O Banco do Brasil praticava uma taxa de 1,86% ao mês, enquanto a Caixa oferecia uma taxa ainda mais competitiva, de 1,74% ao mês.
Descontentamento do Setor Financeiro
A recente alteração nas taxas não foi bem recebida por todos. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) emitiram uma declaração compartilhada, expressando seu desagrado com a decisão de diminuir o teto dos juros para créditos do INSS. Ambas as entidades acreditam que as revisões nas taxas implementadas desde o início do ano são impulsivas e sem fundamentos.
Elas reforçam seu argumento, mencionando: “O volume de concessão, comparando-se o período de maio a agosto de 2022 com o mesmo período de 2023, caiu de R$ 29,3 bilhões para R$ 21,2 bilhões”.
A nota também destaca uma redução na média mensal de concessão de R$ 7,3 bilhões para R$ 5,3 bilhões, o que representa uma diminuição significativa de R$ 2 bilhões no crédito consignado no mercado, uma queda anual de 27%.
O Futuro dos Empréstimos Consignados
O ambiente de crédito no Brasil está passando por mudanças, e é crucial observar como essas alterações afetarão tanto os mutuários quanto as instituições financeiras. A postura adotada pelo governo em relação às taxas e outras medidas está sob escrutínio, e o equilíbrio entre incentivar empréstimos e manter a estabilidade financeira continua sendo um desafio.