Uma série de revelações da revista Wired tem suscitado preocupações sobre a empresa Neuralink e seu tratamento de animais em experimentos.
Estes relatórios sugerem que macacos, utilizados como cobaias pela empresa, enfrentaram severas consequências após a inserção de chips em seus cérebros.
Casos Reportados e suas Repercussões
Informações reveladas mostram que macacos experimentaram sintomas alarmantes, incluindo “diarreia com sangue, paralisia parcial e edema cerebral”.
A situação torna-se mais alarmante com a coincidência do surgimento desses detalhes no Dia Mundial do Animal. Isso trouxe uma luz sombria sobre como a Neuralink, liderada por Elon Musk, pode ter retido evidências visuais de maus-tratos a animais.
Violação de Normas em 2018 e Implicações Legais
Um evento particular em 2018 levantou questões sobre o compromisso da empresa com a ética animal. Foi relatado que “um macaco foi sacrificado após uma deformação no cérebro causada pelo adesivo do implante cerebral da empresa”.
Tal ato possivelmente infringiu normas de proteção aos animais nos Estados Unidos. Embora a Universidade da Califórnia-Davis tenha compartilhado alguns registros do incidente, optou por não divulgar mais de 370 imagens, justificando que não eram de interesse público.
Detalhes Perturbadores e Procedimentos Questionáveis
Uma fonte anônima compartilhou detalhes chocantes das imagens, descrevendo-as como “uma caveira de macaco com a carne arrancada”. Os experimentos, como indicado, não eram apenas invasivos, mas potencialmente traumáticos para os animais.
Perfurações no crânio e placas de titânio fixadas neles eram algumas das práticas empregadas.
Adicionalmente, o fato de muitos animais terem falecido em decorrência do que foi caracterizado como “mau planejamento e maus procedimentos” é um testemunho da falta de expertise, já que não havia presença de especialistas adequados no início dos experimentos.
O Mistério dos Vídeos Desaparecidos
Uma reviravolta intrigante na história é o alegado desaparecimento de vídeos que documentavam os experimentos. Segundo a Wired, existe uma indicação de que filmagens das últimas horas de um dos animais foram feitas, mas a existência desta gravação é negada.
Discussões de Transparência e Gestão da Informação
A relação entre a Neuralink e a Universidade da Califórnia-Davis foi posta em destaque quando e-mails vieram à tona, indicando uma possível influência da Neuralink sobre a divulgação de informações.
Como detalhado, a Neuralink “fornecia sua própria infraestrutura de computação e conexão de rede”, o que insinua um controle sobre os dados gerados.
A UC Davis, defendendo sua posição, afirmou estar em conformidade com a legislação local, compartilhando a maioria dos documentos solicitados, mas retendo aqueles que acreditavam estar “isentos de divulgação nos termos da lei”.
Direito Público à Informação versus Preocupações da Neuralink
A narrativa se complica ainda mais com a intervenção do Comitê de Médicos para Medicina Responsável, que exige transparência total. Eles argumentam que, sendo uma instituição pública, a UC Davis tem o dever de manter o público informado.
A aparente relutância da Neuralink em compartilhar detalhes, com alegações de “minimizar a natureza horrível dos experimentos”, levanta questões sobre as verdadeiras motivações por trás de tal segredo.
Desenvolvimentos Recentes e Futuro da Parceria Neuralink-UC Davis
Embora a colaboração formal entre as duas entidades tenha sido encerrada em 2020, as implicações e preocupações persistem. A controvérsia não apenas lança dúvidas sobre as práticas experimentais, mas também questiona a ética e a responsabilidade das organizações.