Taxas de juros futuros, na quarta-feira, evidenciaram uma queda. Esse comportamento foi fortemente influenciado pelo relaxamento no mercado de Treasuries e pela notável diminuição no preço do petróleo.
Todavia, essa queda apenas compensou uma pequena parcela dos valores que haviam crescido nas últimas sessões. A amenização da aversão ao risco ocorreu principalmente devido à interpretação dos dados do setor trabalhista americano e do índice PMI de serviços dos EUA, que “levaram a uma trégua nos movimentos de stop loss registrados nesta semana.” A
lém disso, há uma antecipação contida em relação ao debate sobre a tributação de fundos especiais e negócios offshore na câmara brasileira.
Movimentos Recentes no Mercado de Juros
Os detalhes desses ajustes incluem a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) que, para o mês de janeiro de 2025, encerrou-se em “10,985%, de 11,127% no ajuste anterior”.
Enquanto isso, a taxa para janeiro de 2026 experimentou um decréscimo para 10,85% em relação aos 11,02% do dia anterior. E para ilustrar ainda mais essa tendência, a taxa do DI para janeiro de 2027 e 2029 encerrou em 11,10% e 11,59%, respectivamente.
A Situação Global Influenciando os Juros Futuros
Recentemente, após um abalo no mercado de renda fixa, os juros futuros encontraram um pouco de alívio devido às ações nos mercados americanos e na queda das commodities.
De fato, após atingirem níveis recordes em 16 anos, os rendimentos dos Treasuries de longo prazo diminuíram, refletindo uma pesquisa da ADP, a qual mostrou que a geração de empregos no setor privado americano não alcançou as estimativas.
Além disso, “o PMI do setor de serviços medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM) caiu para 53,6”, embora a queda fosse marginal e ainda estivesse acima de 50.
Roberto Motta, da Genial Investimentos, destaca que os acontecimentos no Brasil foram influenciados majoritariamente por reações técnicas desencadeadas pela situação nos EUA, e não por fatores internos.
Impacto dos Preços do Petróleo no Mercado
O preço do petróleo viu uma queda dramática, mais de 5%, para US$ 85,81 por barril, especificamente para o Brent de dezembro. Especialistas acreditam que esse “tombo” pode ser atribuído à uma combinação de realização de lucros e ao inesperado crescimento nos estoques de gasolina.
Perspectivas de Especialistas no Campo da Renda Fixa
Alguns profissionais no setor de renda fixa veem o comportamento recente dos DIs mais como um alívio temporário do que como um novo padrão.
“Não dá para afirmar com convicção que o pior passou,” comenta Felipe Beckel da Garin Investimentos. Motta, por outro lado, levanta uma questão pertinente: “As posições às vezes são tão grandes que levam três ou quarto sessões para desmontar.”
Um Olhar Futuro para o Mercado de Renda Fixa
De acordo com Daniel Leal da BGC Liquidez, a situação volátil não deve ser estabilizada tão rapidamente. Ele acredita que “o mercado deve reagir a cada indicador econômico dos EUA”.
Além disso, o destaque da semana se dá na sexta-feira, com a divulgação do payroll de setembro nos EUA. No cenário interno brasileiro, espera-se a votação no Congresso sobre a tributação offshore, que, se aprovada, ajudará o Brasil a alcançar sua meta fiscal em 2024.