Na noite passada, terça-feira (3), os profissionais responsáveis pelo transporte metropolitano em São Paulo decidiram colocar um ponto final no movimento grevista.
Este movimento havia cessado completamente o funcionamento das linhas de metrô geridas pela Companhia do Metropolitano de São Paulo.
Protestos contra Privatizações e Terceirizações
Diversos trabalhadores ligados ao sistema de transporte e saneamento em São Paulo mostraram sua insatisfação ao parar seus serviços.
Isso impactou tanto algumas linhas de metrô como parte do sistema de trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Apenas algumas operações continuaram: as linhas de ônibus da cidade, duas linhas privatizadas de metrô, e dois serviços de trens geridos pela Via Mobilidade.
Entretanto, mesmo essas não ficaram totalmente livres de problemas, como o incidente na linha 9-Esmeralda durante a tarde.
Camila Lisboa, líder do sindicato dos metroviários, expressou a posição do grupo, alegando que o movimento serviu para evidenciar as tentativas de privatizações por parte do governo estadual. Ela afirmou:
“Colocamos o debate das privatizações e as terceirizações na rua. E a nossa avaliação é de que a população apoiou a nossa luta e apoiou o combate às privatizações”. Ela ainda mencionou agendas futuras relacionadas ao processo de terceirização.
Posicionamento do Governo Estadual
Enfrentando as críticas e acusações, o governador Tarcísio de Freitas se pronunciou dizendo que os planos de privatização não estão finalizados.
Ele reiterou que qualquer decisão será precedida por consultas públicas e afirmou: “Gente, nós estamos estudando. Iniciamos estudos para verificar a viabilidade financeira, para verificar se a gente pode prestar o melhor serviço.
Em todo o processo de desestatização e todo o processo de concessão existe um momento da consulta à população, faz parte do rito a audiência pública”.
Movimentações na Sabesp
Quanto aos trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, o fim do movimento grevista foi anunciado à meia-noite.
A organização presenciou manifestações e piquetes desde a alvorada de terça-feira, culminando em um protesto expressivo na unidade da Ponte Pequena.
José Faggian, que preside o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente, expressou seu compromisso contínuo com a causa, dizendo:
“A greve é apenas uma etapa dentro do processo de luta. Temos que dar prosseguimento e continuar unificados até que o projeto como um todo seja derrotado e o povo de São Paulo tenha seus direitos essenciais garantidos pelo Estado”.