Em um movimento sem precedentes, o Banco da China Brasil SA, filial do renomado banco chinês, anunciou que uma transação comercial entre Brasil e China foi concretizada utilizando apenas as moedas nacionais: yuan e real.
Um Marco no Comércio de Celulose
O protagonista deste marco comercial foi a Eldorado Brasil, empresa com sede em São Paulo e representação em Xangai.
A firma embarcou uma carga de celulose do Brasil ao porto chinês de Qingdao em agosto, com a parte financeira sendo efetuada em reais no fim de setembro. Esta novidade capturou a atenção de mídias em diversos locais, desde a China até Singapura.
Repercussões Mundiais da Inovação
Vários especialistas e veículos de comunicação deram destaque ao feito, com Shen Shiwei da CGTN, ressaltando a importância deste passo para um cenário internacional mais diverso, mencionando ser uma “boa notícia para o mundo multipolar”.
Este desejo de diversificar as relações comerciais e financeiras é compartilhado por diversas nações em ascensão, incluindo a Índia.
Fortalecendo Relações Monetárias Bilaterais
A viagem recente do presidente brasileiro, Lula, à China evidencia o comprometimento de ambos os países em solidificar suas relações comerciais.
Durante sua visita, Lula e o líder chinês, Xi Jinping, firmaram um entendimento para fortalecer o uso de moedas locais em trocas comerciais, demonstrando uma visão de diminuir a influência do dólar.
Reflexões de Lula sobre a Economia Global
Além de suas atividades em Pequim, Lula marcou presença em Xangai e prestigiou a introdução de Dilma Rousseff como líder do Novo Banco de Desenvolvimento.
Ele ponderou sobre a necessidade de diversificar as bases monetárias do comércio global, questionando: “Por que não podemos fazer o nosso comércio lastreado na nossa moeda?”, destacando a problemática da dependência do dólar.
Grandes Players Brasileiros e a Nova Direção Monetária
Empresas de renome e expressiva atuação no mercado brasileiro, incluindo gigantes como Petrobras e Suzano, estão atualmente investigando novas possibilidades no universo das transações internacionais.
Uma dessas inovações envolve a utilização de moedas locais nas negociações comerciais com a China, o que poderia representar uma mudança paradigmática nas relações comerciais bilaterais.
Surpreendentemente, esta proposta não se originou unicamente do lado brasileiro.
Executivos de alto escalão destas empresas revelaram que a motivação para esta abordagem inovadora advém, em grande parte, da iniciativa e do interesse dos próprios empresários e stakeholders chineses, demonstrando assim, um movimento recíproco em busca de relações comerciais mais versáteis e adaptadas à nova realidade econômica global.