A recente análise do mercado de trabalho brasileiro trouxe boas notícias. A taxa de desemprego experimentou um decréscimo, passando de 8,3% no trimestre encerrado em maio para 7,8% no final de agosto.
Isso representa o melhor resultado desde fevereiro de 2015, quando o índice foi de “7,5%”, conforme os números fornecidos pela “Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua” (Pnad Contínua) revelados pelo IBGE.
Um olhar histórico sobre a taxa de desemprego
Olhando para os dados passados, a taxa de desemprego para trimestres até agosto foi a mais baixa desde 2014, quando registrou 7,0%. Para se ter uma ideia, em agosto de 2022, a taxa estava em 8,9%.
Entendendo os números: O papel do Itaú
O banco Itaú fez um comentário importante sobre esses números. Eles afirmam que o declínio na taxa de desemprego foi motivado pelo crescimento no número de empregos (“+0,1% na variação mês contra mês, com ajuste sazonal”).
Isso balanceou o aumento na força de trabalho, que teve uma elevação de “+0,1% na mesma comparação”.
Participação e Ocupação: Uma Visão Detalhada
Quando se analisa a taxa de participação, observa-se que permaneceu em 62,0%. Isso reflete um equilíbrio entre o aumento da força de trabalho e o crescimento da população ativa.
Em relação ao tipo de emprego, houve um aumento no emprego formal, enquanto o emprego informal sofreu uma pequena queda.
Evolução Salarial no Foco
A remuneração real efetiva cresceu em 0,6% durante esse período. Isso se deveu à expansão do emprego e ao crescimento do salário médio.
“Os dados continuaram a demonstrar a resiliência do mercado de trabalho, com expansão no segmento formal, apesar de ligeira queda no emprego informal.
Depois de ficarem estáveis em julho, os salários reais efetivos avançaram no mês. Mantemos nossa expectativa de que a taxa de desemprego encerre o ano em 8,0%”, afirmou o banco Itaú.
Perspectivas de Outras Instituições
O Bradesco também fez suas observações, ressaltando a persistência do mercado de trabalho, que continua a mostrar sinais de recuperação.
A XP mencionou uma diminuição no número de “trabalhadores no setor privado sem carteira de trabalho assinada”, o que poderia ser um reflexo das transferências governamentais.
Analisando os Rendimentos dos Trabalhadores
Os salários têm experimentado uma tendência ascendente. A renda média real habitual do trabalho cresceu 0,3% em agosto em relação a julho.
“A nosso ver, a dinâmica salarial recente não sustenta a visão de um mercado de trabalho estritamente apertado, pelo menos não ao ponto de exercer pressão sobre a política monetária no curto prazo”, é a opinião predominante.
Previsões Futuras e Resiliência do Mercado
A XP oferece uma perspectiva otimista, indicando um crescimento de 5% em 2023 no rendimento real disponível para as famílias, levando em conta também benefícios previdenciários e transferências sociais.
A análise sugere que isso tem contribuído para a resiliência do consumo familiar. A previsão é de que o desemprego se estabilize em torno de 8% até o final de 2023.
“Calculamos uma taxa média de desemprego de 8,2% este ano, abaixo dos 9,3% do ano passado”, conclui a análise da XP.