A produção de soja em Mato Grosso, estado brasileiro líder na produção dessa oleaginosa, está crescendo de forma significativa. Esse aumento está impulsionando investimentos na expansão da capacidade de processamento de soja no estado.
Em 2023, o crescimento em relação a 2022 chega a 7,8%, atingindo 49,2 mil toneladas por dia. Desse total, 44,5 mil toneladas são provenientes de fábricas em funcionamento, enquanto 4,7 mil toneladas são de unidades que estão paradas. O grão de soja representa a grande maioria da matéria-prima processada.
Expansão Nacional na Capacidade de Processamento de Soja
A expansão da capacidade de processamento não se limita a Mato Grosso; ela está ocorrendo em todo o Brasil. De acordo com a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), a capacidade de processamento em todo o país aumentou 5,6% em relação ao ano anterior, atingindo 209,6 mil toneladas diárias.
Essa capacidade é distribuída entre 193,9 mil toneladas em plantas ativas (um aumento de 12 em relação a 2022) e 15,7 mil toneladas em fábricas paradas (ou em construção) pertencentes a 63 empresas.
Assim, Mato Grosso representa agora 23,5% da capacidade total de processamento no Brasil, um aumento em relação aos 23% do ano passado.
Expansão em Mato Grosso: Ampliação de Unidades Existentes
É importante destacar que o aumento da capacidade de processamento de oleaginosas em Mato Grosso não se baseia apenas na construção de novas instalações.
Em vez disso, ele está focado principalmente na ampliação das plantas existentes para acomodar o aumento na produção de soja. Atualmente, Mato Grosso abriga 22 unidades processadoras de oleaginosas, das quais 18 estão operando e quatro estão paradas.
Principais Empresas Atuando em Mato Grosso
Muitas empresas líderes do setor de processamento de soja têm presença significativa em Mato Grosso. Entre elas, destacam-se a multinacional americana Bunge e a brasileira Dual, que possuem três fábricas processadoras em Mato Grosso cada uma.
A ADM (Archer Daniels Midland), também americana, possui duas unidades, assim como a Tauá, outra empresa de capital nacional.
Além disso, várias outras empresas, como Agrenco, Amaggi, Araguassú, Caramuru, Cargill, Cofco, Louis Dreyfus Company, Olvepar, Parecis e Sperafico, atuam com uma fábrica cada no estado.
Desenvolvimento e Impacto da Capacidade de Processamento
O esmagamento de soja desempenha um papel fundamental na produção de farelo de soja, que é amplamente utilizado na indústria de ração para animais, especialmente na produção de aves e suínos.
O óleo de soja produzido é utilizado na alimentação humana, na fabricação de biodiesel e em várias outras aplicações industriais. A expansão da capacidade de processamento de soja é uma resposta ao crescimento da produção desse grão em Mato Grosso e no Brasil como um todo.
Tendências Futuras
Segundo informações da Abiove, sete novos projetos de processamento de oleaginosas deverão entrar em fase de construção no Brasil em 2024, representando um investimento total de R$ 6 bilhões e uma capacidade conjunta para processar 19 mil toneladas de oleaginosas por dia.
Esses planos indicam um crescimento significativo na capacidade de processamento nos próximos anos, impulsionado pelo contínuo aumento na produção de soja.