Sob o comando da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) relacionada aos Atos Golpistas, o deputado Arthur Maia revelou que não há planos para investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, especificamente no contexto das joias. O presidente da comissão reforçou a falta de conexão entre o caso das joias e os atos em questão.
Posicionamento de Maia sobre Quebra de Sigilo
O deputado Arthur Maia expressou suas dúvidas, afirmando:
“Alguém aqui, em juízo perfeito, vai imaginar que o presidente Bolsonaro estava lá mandando PIX da conta dele para patrocinar a invasão do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional, no dia 8 de janeiro? Obviamente que não.”
Maia destacou que, sem provas cabais na CPI, é inviável romper o sigilo apenas por se tratar do ex-chefe de Estado.
Diálogo com o Alto Comando do Exército
Em um encontro realizado em Brasília com o comandante-geral do Exército, general Tomás Paiva, Maia fez questão de enfatizar que não lhe foi solicitado nenhuma forma de tratamento preferencial ou omissão de convocações. Ele mencionou:
“Absolutamente, nenhum pedido. Pelo contrário, pelo que ouvi reiteradamente, do comandante, é que a CPMI cumpra o seu papel. Porque o que interessa, de fato, às Forças Armadas brasileiras, é mostrar qual foi o papel de comprometimento com as instituições democráticas, a Constituição, que as Forças Armadas cumpriram”.
Próximos Passos na CPMI
A próxima agenda da CPMI prevê uma reunião destinada à votação de vários requerimentos. Em destaque, encontra-se a proposta de quebra de sigilo da deputada Carla Zambeli, em razão de sua relação com o hacker Walter Delgatti. Maia ressaltou a necessidade dessa determinação.
Um testemunho chave será o do Sargento dos Reis, associado à equipe de auxiliares do ex-presidente Bolsonaro.
As investigações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificaram movimentações financeiras consideradas fora do comum relacionadas a ele. Este testemunho está marcado para a manhã de quinta-feira (24).