Iniciando a semana, o mercado cambial presenciou o dólar comercial aproximando-se da marca de R$ 5. Apesar de começar o dia quase estável, a moeda americana ganhou força, sobretudo em comparação a moedas de países emergentes e exportadores de commodities.
Finalizando o dia, as cotações foram de R$ 4,978 para compra e R$ 4,979 para venda, atingindo um ápice de R$ 4,997. Comentando sobre a tendência, José Faria Júnior, vinculado à Wagner Investimentos, mencionou: “com a piora da situação externa, a chance do dólar continuar subindo em direção a R$ 5,05 – R$ 5,10 aumenta”, mas ele ainda vê uma potencial queda no horizonte.
Decisões Chinesas Agitam o Mercado
Uma movimentação inesperada da China, com um corte de juros abaixo do antecipado, reverberou no ambiente financeiro global. O país oriental optou por uma redução de 10 pontos base na sua taxa primária de empréstimo de um ano, fixando-a em 3,45%.
Sobre este acontecimento, Eduardo Moutinho, da Ebury, reflete: “Há muitos motivos que podem estar por trás desta decisão”.
Petróleo em Elevação: Impacto nas Moedas
O cenário energético revelou-se promissor, com os valores do petróleo mostrando fortalecimento. Esta conjuntura oferece um respaldo para as divisas dos países cujas economias são intensivamente ligadas à exportação desse insumo.
Tendências Norte-Americanas: Juros em Foco
O ambiente financeiro dos Estados Unidos mostrou-se relevante para a dinâmica global. O rendimento do Treasury de 10 anos alcançou sua marca mais elevada em uma década e meia.
Esta evolução sinaliza a possibilidade do Federal Reserve manter juros elevados por um intervalo prolongado, influenciando também a dinâmica cambial brasileira.
Encontro dos BRICS Atrai Atenções
A agenda brasileira está voltada para o encontro dos BRICS, agendado para os dias 22 a 24 de agosto em Joanesburgo.
Com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há expectativas sobre debates em torno da relevância do dólar nas transações globais. Paralelamente, no cenário interno, o debate sobre a nova diretriz fiscal está em voga.