A preferência dos brasileiros pelo parcelamento sem juros pode sofrer um duro golpe. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, sinalizou em uma recente audiência no Senado uma mudança que ameaça essa opção de pagamento, amplamente adotada no país.
Mudanças Propostas pelo Banco Central
Campos Neto esclareceu:
“Não é proibir [o parcelamento], é simplesmente tentar fazer com que ele fique um pouco mais disciplinado”.
A discussão central gira em torno da introdução de uma taxa sobre o parcelamento sem juros, posicionada como um “incentivo” para que os cidadãos reconsiderem essa forma de compra.
O Peso dos Juros Rotativos
A questão torna-se ainda mais grave ao considerarmos que os juros rotativos dos cartões de crédito no Brasil alcançam marcantes 437% ao ano.
Esta é, sem dúvida, uma das taxas mais expressivas globalmente e, com a potencial nova taxa, o cenário poderia se agravar para o bolso dos brasileiros.
Vozes do Consumidor
O parcelamento tem sido uma ferramenta de compra fundamental para muitos. A perspectiva de Brunna Novais Cruz, uma analista de qualidade, reflete esse sentimento:
“O parcelamento no cartão de crédito salva a minha vida, dá a oportunidade de ter coisas que eu não poderia comprar à vista. Uso o cartão para quase tudo, desde uma compra no mercado até para outros produtos, como cremes e maquiagens. Faço a compra e pago corretamente”, revelou ao R7.
Desafios de Inadimplência e a Conexão com o Parcelamento
A motivação por trás da proposta do Banco Central é a relação entre a modalidade de parcelamento sem juros e as taxas de inadimplência, que são notavelmente altas.
No entanto, existe um contraponto, onde se argumenta que eliminar esta opção poderia, paradoxalmente, fazer com que menos pessoas optassem pelo parcelamento.
O Futuro do Parcelamento: Uma Questão em Aberto
O debate sobre o fim do parcelamento sem juros promete continuar. Entre opiniões de instituições como o Sebrae e o feedback da população, este será, certamente, um tópico de interesse nos debates financeiros do país nos próximos tempos.