Recentemente, a Disney divulgou um prejuízo de US$ 460 milhões no balanço corporativo referente ao segundo trimestre. A baixa no desempenho se deve, em grande parte, a uma percebida “crise de criatividade” na produção de conteúdo.
Crítica à reciclagem de clássicos
A estratégia de produzir remakes e sequências, como “A Pequena Sereia” e “Indiana Jones”, não tem resultado nas bilheterias esperadas.
Ao mesmo tempo, houve uma queda de quase 12 milhões de assinantes do Disney+ de um trimestre para o outro. Sobre isso, o presidente da Disney, Bob Iger, observou: “apesar dos ventos contrários no curto prazo”, ele mantém uma “confiança incrível na trajetória de longo prazo da Disney”.
Estratégias futuras
Para reverter a situação, Iger, que retornou ao comando da empresa após dois anos, propõe algumas mudanças. Estas incluem o aumento no preço das assinaturas do Disney+ nos EUA, possivelmente afetando outros mercados, e taxas mais altas para compartilhamento de tela, semelhante à recente ação da Netflix.
Rentabilidade x Crescimento
William Castro Alves, da Avenue Securities, destacou que o Disney+ tem trazido receita, mas não lucratividade. Paulo Gitz, da XP, complementa que o rápido crescimento inicial do serviço foi seguido por uma queda nos últimos dois trimestres, muito devido ao fim de parcerias promocionais e à concorrência no mercado de streaming.
Decisões de Conteúdo
A falta de grandes lançamentos tem afetado a lucratividade da Disney. Títulos como o remake de “A Pequena Sereia” e “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” não obtiveram os retornos desejados nas bilheterias, o que impactou diretamente nas finanças da empresa.
Perspectivas de Mercado
Mesmo com os desafios recentes, o mercado permanece otimista em relação à Disney, refletido em um aumento de aproximadamente 3% em suas ações em 2023.
O retorno de Bob Iger ao leme é uma grande razão para essa confiança, dado o seu histórico de gestão bem-sucedida. Gitz ressalta:
“A empresa não irá mudar o seu modelo de negócios. A máquina da Disney é a mesma por décadas”. Com a visão de Iger, os especialistas acreditam que haverá um ajuste no curso atual, visando otimizar a estrutura da empresa e retornar à lucratividade.