A Shein, varejista de moda online líder no Brasil e na América Latina, tem chamado a atenção com uma informação surpreendente revelada por seu sócio, Marcelo Claure.
De acordo com Claure, o valor das peças comercializadas pela Shein no Brasil é equivalente ou até mesmo inferior ao praticado na China. Atualmente, a Shein é uma das lojas virtuais favoritas dos consumidores brasileiros no comércio eletrônico internacional.
A empresa inaugurou recentemente sua sede no Brasil, estrategicamente localizada na avenida Faria Lima, na zona oeste de São Paulo, conhecida por abrigar grandes bancos e multinacionais.
Durante uma entrevista concedida à Folha de S. Paulo, Marcelo Claure elogiou os consumidores brasileiros e a indústria de produção e venda de roupas do país.
Segundo Claure, o Brasil possui amplas oportunidades para se tornar um novo polo de produção e distribuição de peças para a Shein. O país conta com recursos essenciais, como matéria-prima, incluindo algodão, poliéster e jeans.
Essa abordagem possibilita que produtos que já são mais acessíveis em comparação ao mercado nacional se tornem ainda mais atrativos devido à redução de custos.
“Meu sonho é termos designers brasileiros, tecidos brasileiros, produção local e venda dos produtos para todo o mundo. Estamos próximos de alcançar essa meta”, afirmou Marcelo.
Em abril deste ano, a Shein assumiu o compromisso de investir na produção interna no Brasil, em parceria com o governo, com o objetivo de aumentar as oportunidades de emprego no setor. Atualmente, já existem 151 fábricas nacionais trabalhando exclusivamente para a varejista online.
Peças da Shein podem se tornar ainda mais acessíveis aos consumidores brasileiros
A execução do plano de produção proposto pelo sócio da Shein pode resultar em uma considerável diminuição nos preços das peças no país. Isso se deve ao fato de que as peças serão fabricadas em fábricas nacionais, eliminando os custos de exportação dos produtos.
“Com a implantação das primeiras fábricas, estamos constatando que os custos são semelhantes. Não precisamos mais importar algodão do Brasil, fabricar na China e depois reexportar para o Brasil”, explicou Marcelo.
De acordo com o sócio da empresa, a expectativa é que, nos próximos três anos, 85% das vendas da Shein no Brasil sejam compostas por produtos fabricados localmente ou por vendedores online cadastrados no marketplace da empresa. Isso fortalece a perspectiva de uma redução nos preços das peças disponíveis para os consumidores brasileiros.