Se você procura realizar um financiamento, é indispensável entender como funciona o processo. Isso vai te ajudar na hora de obter sucesso na captação do dinheiro, bem como evitar você de entrar em furadas e perder tempo e esforço.
Quando falamos sobre financiamento, nos referimos às operações onde a empresa recebe muito dinheiro do banco de uma só vez. Não estamos falando de quando se entra no cheque especial, ou ainda quando recebe aquele crédito pré-pronto liberado na boca do caixa, com juros exorbitantes. Não caia nesses créditos fáceis pré-aprovados, que são vantajosos somente para um lado, o dos bancos.
Sendo assim, neste artigo você encontrará várias dicas para facilitar na procura, para te ajudar a escolher entre os dois bancos que são os principais em financiamentos para empresas.
Confira essas 3 dicas:
1- Pesquise e compare as taxas de juros
A taxa de juros é uma das pesquisas mais importantes a serem feitas, pois indica quanto custará o empréstimo. É essencial equipará-las até encontrar a linha com o menor juros possível.
As melhores linhas de financiamento em termos de juros baixos, sempre são as oferecidas pelos bancos do governo, como é o caso dos bancos BDRE e BNDES. Mesmo com as suas baixas taxas, podendo possuir a mínima diferença entre elas, é muito importante levar em conta esse fator. Não se engane, pois embora não pareça, qualquer porcentagem a menos pode significar uma economia de milhares de reais na hora de quitar a dívida.
Como o governo tem interesse na evolução das empresas, as condições melhores sempre estão presentes nas agências públicas. Bancos estaduais e federais oferecem o financiamento com os juros mais baratos do mercado. Existem linhas de crédito para expansão, projetos sustentáveis, capital de giro, aquisição de máquinas e equipamentos, internacionalização, inovação, entre muitas outras.
Assim, além de juros mais baixos e atraentes, esses programas oferecem vantagens no pagamento, como prazos de amortização e carência maiores. Ou seja, um financiamento de um banco público pode economizar milhões de reais.
Por serem grandes, os dois bancos possuem linhas de segmento para o seu setor, e o seu porte de empresa. Entre nos sites e escolha qual será a sua melhor opção.
2- Confira os prazos de carência e amortização
O financiamento precisa ser uma operação sustentável, precisando caber no orçamento da empresa. Analise cuidadosamente o prazo de amortização (o prazo para pagar as parcelas), de acordo com as suas possibilidades de pagar. Às vezes, quanto menor o valor da parcela, melhor será o empréstimo. Os prazos de carência e amortização são muito relevantes para a operação.
Isto também é válido para o prazo de carência (quanto tempo leva para a empresa começar a pagar). Quanto maior, melhor para o caixa. Em algumas situações, o prazo chega a dois anos, que geralmente é o suficiente para investir o capital em um projeto, e obter o retorno financeiro. Sendo assim, compare também os termos e prazos de carência e amortização de cada banco.
3- Verifique as garantias exigidas
Um dos requisitos para o financiamento, é a garantia. Qual é o tipo que você pretende oferecer na operação? Confira todos os tipos de garantias que o BDRE e o BNDES aceitam. Se um dos dois não recebem o seu tipo, melhor escolher o outro banco.
Caso precise de outros meios, uma dica excelente para garantir a operação é se utilizar dos fundos garantidores, como por exemplo o FGI, FDA, FGO, entre outros. Estes fundos garantem parte da operação e diminuem a necessidade de garantias reais.
Mas por que os bancos concedem financiamento?
Para aumentar as suas chances de receber um financiamento com as melhores condições, você também precisa compreender como funciona o lado das instituições bancárias, sabendo qual é a motivação do banco para liberar o dinheiro para a sua empresa.
No caso dos bancos privados, a motivação é lucrar com a operação na forma dos juros que o cliente pagará. Já os bancos públicos, a motivação é estruturar e incentivar o fortalecimento das empresas.
O ponto central tanto para os bancos públicos, como privados, é ter a segurança de que receberão o dinheiro emprestado de volta. Simplificando, significa três coisas:
1 – Análise de crédito:
É realizada uma análise de crédito minuciosa da sua empresa, visando estudar sua saúde financeira. A liberação de crédito só acontece no momento em que sentirem confiança que a sua empresa tem condições de retornar o valor.
Além disso, os bancos emprestarão somente até a quantia exata em que se sintam mais que seguros que receberão de volta;
2 – Garantias:
É algo de valor que a empresa concede a instituição bancária como uma segunda alternativa como meio que garante o recebimento do valor emprestado. Exemplos são: cartas fianças, automóveis ou imóveis, máquinas ou equipamentos, investimentos travados, etc.
3 – Segurança de recebimento:
As instituições financeiras não desejam assumir riscos em suas operações, e sendo assim, não financiam negócios muito arriscados. Os bancos querem ter a certeza de que irão receber o seu dinheiro de volta.
Nessa categoria estão quaisquer empresas que estejam em estágio muito inicial, sem um faturamento recorrente significativo. Devido à fragilidade que possui quando se encontra neste estágio, o alto risco do negócio acaba inviabilizando a operação pelo lado dos bancos. É necessário ter uma empresa sólida e estável para conseguir um empréstimo.
Conclusão
Não existe uma resposta precisa e específica sobre qual das duas instituições oferece o melhor financiamento para a sua empresa, pois existem uma série de fatores que precisam ser cuidadosamente analisados. As aplicações variam, e aquilo que funciona para um, pode não funcionar para o outro, pois o sucesso é individual, e não possui receita. O jeito é pesquisar, comparar e estudar, com os passos listados acima servindo como base, para você tomar a melhor decisão. Cada empresa é única, e exigem soluções únicas para as suas necessidades.
Mas o ponto em comum é que todo mundo detesta pagar juros altos e financiamento, não é mesmo? Até a próxima!