O mês de abril revelou um crescimento impressionante nos postos de trabalho formais no Brasil. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o país gerou 240.033 novas vagas de emprego com carteira assinada, um resultado que superou as expectativas dos analistas de mercado, que esperavam cerca de 210 mil novas posições para o período.
Este desempenho notável apresenta um aumento de 32% em comparação com abril de 2023, quando foram criados 181.761 empregos. De janeiro a abril de 2024, o acumulado já atinge um saldo positivo impressionante de 958.425 postos de trabalho, evidenciando uma recuperação econômica sólida e duradoura.
Analisando os primeiros quatro meses de 2024, observa-se um crescimento de 33% em comparação com o mesmo período de 2023, que teve um saldo positivo de 718.576 vagas. Esses números demonstram a robustez do mercado de trabalho formal brasileiro, que vem se mantendo em constante desenvolvimento.
O salário médio de admissão em abril deste ano foi de R$ 2.126,16, com um incremento de R$ 36,96 face ao mês anterior, traduzindo-se em uma variação positiva de cerca de 1,77%. Esse aumento reflete não apenas a valorização da mão de obra mas também a melhoria geral das condições econômicas do país.
A liderança na criação de novos empregos foi principalmente nos serviços, com 138.309 vagas, seguido pela indústria com a adição de 35.990 novos postos. Em menor escala, mas ainda significativo, o setor agropecuário contribuiu com 6.576 novas posições. Essa distribuição setorial mostra a diversidade e a complementaridade do tecido econômico brasileiro em gerar oportunidades de emprego.
Entre os estados, São Paulo destacou-se com a maior criação de empregos, somando um saldo positivo de 76.229 postos. Outros estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná também mostraram desempenhos positivos consideráveis. No entanto, o Maranhão enfrentou uma redução, com a perda de 1.607 postos de trabalho.
É importante notar que os dados apresentados pelo Caged, focando nos trabalhados formalmente registrados, complementam as informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE.
Enquanto o Caged mostra um crescimento no emprego formal, a Pnad Contínua, que também captura dados sobre o trabalho informal, informou que a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,5% no trimestre encerrado em abril, o melhor resultado para este trimestre desde 2014.
Essas estatísticas, quando vistas em conjunto, oferecem uma perspectiva abrangente sobre o verdadeiro estado do mercado de trabalho no Brasil, destacando não apenas o crescimento do emprego formal, mas também desafios ainda presentes no setor informal. O cenário ainda é de otimismo, com estruturas sendo fortalecidas para oportunidade a mais brasileiros.