O Banco Central da Argentina anunciou nesta quinta-feira (11 de abril de 2024) mais um corte na taxa de juros, reduzindo-a de 80% para 70%. Esta é a terceira redução realizada desde que o presidente argentino Javier Milei assumiu o cargo, em dezembro de 2023. Confira o comunicado.
A autoridade monetária justifica a redução da taxa de juros com a queda da inflação no país. Segundo o comunicado, “observa-se uma pronunciada desaceleração da inflação, apesar do forte peso estatístico que a inflação carrega nas suas médias mensais”.
Quando Milei tomou posse na Casa Rosada, em 10 de dezembro de 2023, a taxa de juros estava em 133%. Posteriormente, o índice baixou para 100% e caiu novamente em março, chegando a 80%.
Esta nova redução de 10 pontos percentuais ocorre um dia antes da divulgação dos novos dados de inflação, prevista para sexta-feira (12 de abril de 2024). A expectativa é de uma nova desaceleração dos preços.
No comunicado, o Banco Central também destaca uma “conjuntura caracterizada por sinais contínuos de redução das incertezas macroeconômicas”. Além disso, a instituição menciona a diminuição na emissão de moeda, resultado da “consequente melhoria no balanço”.
De acordo com o Banco Central, “desde 10 de dezembro, a base monetária [o volume de dinheiro emitido pelo banco] foi reduzida a uma taxa mensal entre 10,5% e 5,8%”.
A inflação mensal na Argentina fechou fevereiro em 13,2%, representando uma desaceleração em relação a janeiro, que atingiu 20,6%.
Por sua vez, a inflação anual na Argentina avançou para 276,2% em fevereiro, atingindo o maior patamar em 32 anos. Houve um aumento de 22 pontos percentuais em relação aos 254,2% registrados em janeiro.